Procurar distrações é atitude que dribla vontade e proporciona prazer
Você já parou alguma vez para avaliar o que o leva comer de forma compulsiva? Na grande maioria das vezes, comemos sem perceber o porquê - nos empanturrando de comida, e acabamos ingerindo junto situações e emoções sem perceber. Consumimos nossos sentimentos!
Isso mesmo: comemos, ou melhor, engolimos com a comida raiva, medos, tristeza, solidão, e nem nos damos conta o quanto isso é prejudicial para nosso corpo. Na grande maioria das vezes, chegamos até a passar mal, sentimos o estômago pesar, dor de cabeça, mal estar, mas nem pensamos no motivo desses acontecimentos. A orgia alimentar pode ocorrer como um sentimento de troféu. O trabalho exaustivo durante o dia pode acarretar neste sentimento quando a tranqüilidade é sentida em casa.
Quando paramos para refletir sobre esse comportamento, nos damos conta que a comida serve como forma de amortizar o que na realidade não queremos enxergar, ou mesmo resolver, seja por receio, crenças, ou para não realizar o enfrentamento frente ao que nos incomoda. Será que olhar de frente para o que não está bem em nossa vida não é a solução para muitos de nossos comportamentos frente à alimentação? Convido vocês a prestar a atenção nos momentos que comem em demasia, e anotar os sentimentos* presentes.
No processo de anotar o que se come e o que se sente, acabamos por enxergar que comemos por vários motivos - os quais a fome nem sempre se faz presente.
A dificuldade de dizer "não" é uns dos fatores que geram situações de estresse, e dificilmente temos condições internas de resolver essa forma de se comportar. Aprender a confrontar situações que nos colocam em impasse é um bom caminho para evitar o estresse e engolir mais comida do que seria necessário para se nutrir. Pelo contrário, acabamos nutrindo a raiva, a insatisfação, o que faz mal a saúde física e emocional.
Para não utilizar a comida como substituto para amenizar seu mal estar, recorra a um plano de ação que o faça alcançar um conforto interno, sem fazer mal a si mesmo. Toda vez que detectar em você situações que provocam desconforto, pode recorrer ao seu plano estratégico em busca de aliviar seus problemas, evitando comportamentos autodestrutivos que podem levar ao sobrepeso e obesidade**.
Comportamentos assertivos em nossa vida nos auxiliam a trilhar um caminho de respeito com nós mesmos. Isso significa que, ao dizermos "não" quando necessário, expormos nossa forma de pensar e não deixarmos pendências nos incomodar, estaremos alcançando a maturidade emocional, sabendo resolver as situações de vida nos momentos adequados e não carregando o peso de algo que só vai incomodar.
O trabalho de um nutricionista também envolve situações emocionais. O interessante é identificar o tipo, o perfil psicológico do paciente e trilhar um plano de consultório e alimentar. Pacientes que precisam estar 1 vez ou mais por semana no consultório tem mais adesão ao tratamento.
Dar-se o direito de se presentear, ou de realizar atividades prazerosas, também é uma atitude assertiva. Tente desviar a atenção dos problemas do dia a dia e vivenciar momentos agradáveis, seja com família, com amigos ou mesmo sozinhos. Quando nos envolvemos com atividades como aulas de línguas, dança de salão, aeromodelismo, patchwork e bordado, desviamos nossa atenção da comida para algo que nos dá prazer. Isso equilibra o estresse que sentimos durante o dia e nos presenteia de forma inteligente. Agora você pode colocar em prática as dicas acima, comprovando que você pode e consegue driblar os gatilhos emocionais que levam você a comer, dizendo não a esse prazer, gerando outros prazeres que alimentarão sua vida.
* Você projeta as suas emoções na dieta?
Descubra se você se deixa levar pela ansiedade e desconta tudo na alimentação.
Você já passou por alguma situação de estresse e, de repente, sentiu uma enorme vontade de comer um doce ou algo que goste muito? Professores da Universidade de Paris, na França, demonstraram em pesquisas que existe uma relação direta entre o sistema límbico, onde se formam as emoções, e o hipotálamo, onde se concentra a fome.
Os pesquisadores ainda contam que a comunicação errada entre esses dois núcleos cerebrais pode resultar no impulso de comer, e que cerca 95% das mulheres saudáveis na França engordam porque comem para suprir emoções. E você, será que está indo pelo mesmo caminho?
** Obesidade
Considerada uma doença, a obesidade é caracterizada quando o IMC (índice de massa corporal) apresenta índice superior a 30 em indivíduos que não praticam atividade física. Normalmente, o problema surge quando o consumo de energia a partir dos alimentos é superior àquele que é gasto com as atividades diárias e com a manutenção do metabolismo. Atualmente, a obesidade é considerada um problema de saúde pública e está relacionada a várias doenças, como diabetes, problemas cardiovasculares, dificuldades motoras e articulares, além de distúrbios do sono.
Conheça os riscos da obesidade, veja as melhores formas de combater o problema e torne sua alimentação mais saudável, adaptando-se gradualmente à perda de peso. Procure um nutricionista.
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